Impressão digital de grandes formatos em 2025: ainda faz sentido investir?

Coluna do Especialista — Por Julio Cesar de Oliveira


A impressão de grandes formatos nunca foi apenas sobre tinta e lona.
É o que dá cara às marcas nas ruas, às vitrines que chamam atenção, aos estandes que fazem uma empresa parecer maior do que é. Mesmo com toda a onda digital, ela segue firme.


Mas a pergunta não muda: em 2025, ainda vale o investimento?


Um mercado que se recusa a sumir
Os dados dizem que sim — e com folga.
O setor global deve movimentar cerca de US$ 10,48 bilhões neste ano e ultrapassar US$ 12,9 bilhões até 2030, segundo a Mordor Intelligence.
Outro estudo, da The Business Research Company, confirma o cenário: crescimento estável, ano após ano, até bater US$ 12,39 bilhões em 2029.


No Brasil, a história é parecida.
O IMARC Group calcula que o mercado de impressão comercial, que engloba o grande formato, movimentou US$ 10 bilhões em 2024 e deve chegar perto de US$ 14 bilhões até 2033.
Em resumo: não é uma indústria moribunda, está viva, se reinventando e, em muitos casos, mais necessária do que antes.


Onde ele ainda brilha
Se há algo que o grande formato faz bem, é aparecer.
Está nos outdoors que resistem ao streaming, nas vitrines que não cabem em pixels, nas fachadas que gritam a personalidade de uma marca.
Serve para o evento de fim de semana, mas também para a empresa que quer uma presença física marcante.
Poucas tecnologias conseguem ser tão úteis em cenários tão diferentes.


O investimento por trás da máquina
Ter um equipamento próprio é quase uma declaração de independência.
Significa controlar prazos, cores e acabamentos sem depender de terceiros.
As máquinas mais novas imprimem com qualidade fotográfica e trabalham com materiais cada vez mais variados — vinil, tecido, acrílico, até substratos recicláveis.
E há o bônus da sustentabilidade: tintas UV e látex consomem menos energia, dispensam solventes e ajudam a abrir portas em contratos com empresas que priorizam práticas limpas.


Os obstáculos — porque eles existem
Comprar uma impressora de grande formato não é como trocar de notebook.
O investimento é pesado, e a tecnologia muda rápido.
Um modelo topo de linha hoje pode parecer velho daqui a dois anos.
A concorrência também é grande e, às vezes, desleal — guerra de preços, entregas apertadas e margens cada vez menores.
Quem sobrevive, normalmente, é quem encontra um nicho: sinalização arquitetônica, decoração corporativa, personalização de ambientes.
E quem aprende a usar bem a inteligência artificial — que, ironicamente, já está ajudando o setor a economizar tinta, prever demanda e cortar desperdício.


Então… ainda vale a pena?
Vale, sim.
Mas não por modismo, e sim por estratégia.
O grande formato continua sendo uma das ferramentas mais poderosas de comunicação visual que existem.
Quem combina tecnologia com um bom olhar para o mercado — e entrega mais do que o cliente espera — tem espaço, mesmo num mundo cada vez mais digital.


Um setor que sabe se reinventar
Mais do que imprimir imagens, esse mercado imprime experiências.
Cada banner, cada fachada, cada painel carrega a identidade de uma marca.
É uma mistura de técnica e arte — e é justamente isso que o mantém relevante.
Enquanto houver gente querendo ser vista, haverá demanda por quem sabe transformar uma ideia em algo que se impõe no espaço físico.

Fontes consultadas
Mordor Intelligence – “Large Format Printers (LFP) Market Size, Share & Companies”, relatório de 2025.
Link: https://www.mordorintelligence.com/industry-reports/global-large-format-printers-market
The Business Research Company – “Large Format Printers Global Market Report 2025, Size and Forecast 2034”.
Link: https://www.thebusinessresearchcompany.com/report/large-format-printers-global-market-report
IMARC Group – “Brazil Commercial Printing Market: Industry Trends, Share, Size, Growth, Opportunity and Forecast 2024–2033”.
Link: https://www.imarcgroup.com/brazil-commercial-printing-market